Quando digo e ouço dizer “estou afundado” a maior parte das vezes estamos a falar dos processos. Estamos à tona de água e a fazer um grande esforço para não irmos ao fundo.

Outras vezes digo para mim o mesmo mas o que desejo é estar mais afundado.

Estar afundado é uma das minhas grandes preocupações. 

Na água preocupo-me menos porque as distrações são mais.

Agora afundo até aos 32,4m. Mas a aguardar oportunidade  para ainda estar mais afundado.

Vamos lá, colegas, afundar.

Rui Brito – procurador da República no TAF de Viseu.

Há sonhos que nunca saem do imaginário e outros que demoram 40 anos a ser concretizados. Sempre disse “Um dia hei-de aprender a tocar baixo” e durante a pandemia percebi que, se tocasse um instrumento, conseguiria ter uns momentos só para mim, numa casa que parecia pequena demais para um casal em teletrabalho, duas crianças em tele-escola e um bebé com dois anos que exigia atenção constante.
A música sempre foi uma paixão e mais de três anos decorridos, continuo a frequentar a escola de música pois tocar baixo permite-me não só desligar do stress do dia-a-dia como também ser, invariavelmente, a mais velha em palco é um excelente elixir de juventude.

Carla Palmeira, Procuradora da República.